Iguape

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A Princesa do Litoral

terça-feira, 24 de junho de 2014

ACHADO ARQUEOLÓGICO NO MEU QUINTAL - CONCLUSÃO


Restauração pronta. Várias demãos de gesso e três demãos de cola de PVC. O osso de vértebra de baleia virou suporte do meu óculos, celular e o controle da televisão.

Procissão de Corpus Christi em Iguape


O Corpo de Cristo celebrado na quinta-feira que antecede a morte de Jesus é uma festa católica móvel calculada a partir da Páscoa o qual reforça o sacramento da Eucaristia, instituído pelo próprio Jesus Cristo na última ceia. Nesta festa ocorre a procissão onde o Santíssimo Sacramento é conduzido pelas ruas da cidade enfeitadas com tapetes de serragem com desenhos onde o tema maior é a própria Eucaristia. Este ano fiz questão de acompanhar a procissão em Iguape. Minha surpresa foi o número reduzido de pessoas no evento. 

Tudo bem que estava chovendo e concorria com a Copa Mundial de Futebol no Brasil e o Revelando São Paulo no Centro de Eventos, mas ainda sim achei muito pouco os participantes na sua maioria pessoas idosas e raríssimos jovens.

 Lembrei-me então do padre Jaime Gato que profeticamente em seu discurso na missa do Santíssimo Sacramento  quatro dias antes proferiu sabiamente que  o verdadeiro Espírito Santo está no manifesto constante e e reto das ações de cada um e que se constitui no melhor exemplo para as novas gerações. É, pelo jeito isto não vem ocorrendo, ou seja os fiéis professam uma coisa no ato de sua fé, porém fazem outra bem diferente na vida comunitária. Os jovens percebem, ficam desorientados e, descrentes, cometem atos falhos que muitos condenam.       





Entrada do Cortejo na Basílica.









Banda Cecília perfilada na Praça da Basílica.

Missa em louvor à Santíssima Trindade na Basílica de Iguape


A igreja católica professa o conceito da existência de um só Deus, onipresente, onisciente e onipotente revelado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A Santíssima Trindade consiste num dos dogmas centrais da fé cristã e é considerado um mistério.
A explicação deste mistério na minha concepção mais esotérica está no entendimento da própria criação do universo através de um Deus Absoluto que se tornou Manifesto pela sua expansão. A própria Ciência com seus intermináveis questionamentos já propõe que o universo começou com uma explosão (o big-bang) que provocou o afastamento das galáxias umas das outras e que provavelmente num futuro remoto a coisa se reverta numa retração até tudo voltar ao ponto de origem. Portanto, esse Poder Único Imanifesto (Deus Todo Poderoso) resolveu se manifestar e deu-se a criação através da vibração = energia = Luz (Deus Pai Manifesto). A partir do momento da manifestação surgiu a polarização e com ela o espaço e o tempo cronológico. A partir daí temos toda a criação e nela as manifestações polarizadas de Deus ( Jesus Cristo e outros - o Filho) e com elas o entendimento do propósito de Deus e da criação ( O Divino Espírito Santo).  O homem necessita de símbolos para seu próprio entendimento como partícula divina que é e não importa o modo e a maneira, sua religião é sua forma de se religar ao Todo. 
No domingo dia 15 de Junho professei este meu entendimento assistindo a missa da Santíssima Trindade muito bem proferida pelo padre Jaime Gato.  E o que mais me encantou foi a presença do Dito Fole (e seu fiel amigo cachorro) que em sua pureza e inocência estava ali manifestando o desejo de um bom lugar ao irmão recentemente falecido. Que Deus o tenha em bom lugar Fole, é também o meu desejo.  



Encontro dos Namorados na casa de Ari.



Como dia 12 de Junho coincidiu o dia dos namorados com a abertura da copa mundial de futebol um grupo de pessoas de Iguape resolveu marcar um churrasco musical na casa de Ari no Sábado dia 14 de Junho à noite. O trato era levar uns comes e bebes e fazer um barulho. Ari e sua esposa tem uma agradável casa no Jardim Primavera. O casal recepcionou a mim, minha esposa Maria, minha filha Gabriela e seu namorado Micael. Foram horas muito agradáveis com muita diversão onde pudemos reforçar os laços de amizade e conquistar outras.   

Conversa de buteco: MAINGA


O mês de Junho para mim foi sempre um período de acontecimentos fortes. Muitos dizem que os dias que antecedem o seu aniversário de nascimento corresponde ao seu inferno astral. Não acredito muito, pois muitas coisas boas me aconteceram entre o primeiro e o vigésimo sexto dia dos meus 57 "Junhos" vividos. Porém, ao longo da minha vida percebi que sempre ficava doente pouco antes dos meus aniversários. Agora este ano foi demais... em Maio a litíase do meu rim esquerdo resolveu entupir o ureter e lá vai eu fazer uma cirurgia de emergência, com isso agravou ainda mais a psoríase gutata que venho cultivando a cinco anos e de quebra em 06 de Junho recebo a notícia que meu padrinho havia falecido. Entre o segundo semestre do ano passado e o primeiro deste ano de 2014 tive três perdas significativas: primeiro o falecimento do meu pai em 6 de setembro passado, logo em seguida o falecimento de minha madrinha Isaura ainda no mesmo mês e neste Junho a perda do meu padrinho Miro que se foi mais pela depressão da perda da esposa e do melhor amigo do que pela inanição generalizada em que se encontrava. Assim, dia 09 de Junho volto à cidade de Iguape às voltas com minha psora interna a me corroer e psoríase externa a me esfarelar. Voltei para acabar minha obra de restauração do osso de baleia que encontrei e aproveitar para participar do tríduo da Santíssima Trindade, da procissão de Corpus Christi, do Revelando São Paulo em sua décima primeira edição e de quebra assistir a abertura dos jogos da copa juntamente com os amigos recentes lá no bar do Adilson. 
E foi lá neste ambiente que numa conversa entre Celso (sempre o Celso) e outros sobre um jogador que havia quebrado a perna e não foi convocado para esta copa do mundo ouvi três vezes a expressão "MAINGA". Na hora não entendi e não quis perguntar para não quebrar a polêmica discussão das convocações, do acertos e erros do Felipão e as diversas e discordantes opiniões futebolísticas. Com aquela expressão na cabeça resolvi fazer uma rápida pesquisa na internet (graças ao meu vizinho do lado Osni que generosamente me passou a senha de seu wi-fi). Com pouco sucesso verifiquei que a expressão é pouco conhecida e o que encontrei foi algo como "desejo por alguma coisa". Não batia, mas não desisti, fui a um livro sobre Iguape presenteado por Ezel (outro vizinho, o da frente) e lá encontrei sobre o linguajar caiçara uma interjeição Mainga significando "que pena"  esta sim mais coerente com aquilo que tinha ouvido. Ainda não estou satisfeito, qual a origem desta palavra? Africana? Indígena? um sincretismo, talvez? Mas pela conotação é algum evento negativo não esperado e uma lamentação por este incidente. Este assunto ainda não está completo, tenho que me aprofundar, mas de qualquer forma incorporei o sentido da expressão e me coloco dentro desta conotação ao dizer "Mainga" para os últimos acontecimentos negativos que tive dentro deste período. O resto foi só alegria...
                  

quarta-feira, 4 de junho de 2014

ACHADO ARQUEOLÓGICO NO MEU QUINTAL

Em Abril não fui para Iguape. Estava me restabelecendo de uma cirurgia de retirada de um cálculo do rim esquerdo. Neste Maio passado planejei fazer uma reforma na parede externa do lado Leste da casa devido a uma infiltração generalizada. Consegui em parte, pois dos 10 dias trabalhei 4 devido à chuva incessante que se abateu na região. Neste ínterim, entre uma estiagem e outra, limpando o fundo do quintal, revolvendo um monturo de tijolos, telhas e cimento endurecido, para minha surpresa faço uma descoberta inédita: um osso enorme!
Removi o osso, limpei-o e pude deduzir que se tratava de uma vértebra de baleia (qual eu não sei). O osso não está íntegro faltando um processo articular.


Sem o que fazer devido à incessante chuva, resolvi restaurar o osso para aproveitar meu achado como um objeto decorativo. Comprei gesso em pó e revesti o osso. A obra ainda está inacabada, falta passar mais gesso, lixar e passar talvez um verniz.



Acho que dará um bom suporte para meu copinho de "Cristiano" nas minhas leituras do "Tribuna".