Voltando de Ilha Comprida paramos para ver o presépio montado na Caverna do Ódio, sítio arqueológico localizado no sopé do Morro do Espia. A formação rochosa com certeza abrigou os primeiros homens que pisaram no litoral Atlântico pois estudos arqueológicos mostram vestígios dessas ocupações humanas pela presença de carvão de fogueiras e restos ósseos de pequenos animais, peixes e carapaças de moluscos e crustáceos. Esses depósitos de materiais orgânicos e calcários empilhados ao longo do tempo pela ação do homem e das intempéries do tempo denominados Sambaquis estão presentes na região estuária de Iguape e constituem-se em importantes fontes de estudos sobre a vida dos primeiros habitantes brasileiros. Muitos dos sambaquis foram destruídos para a formação da cidade de Iguape, porém tais fósseis ainda encontram-se presentes nas paredes dos casarios tombados do centro histórico da cidade. Um exemplo vivo do axioma de Lavoisier: "na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma". Hoje a área serve para visitação de turistas, prática de rapel, esconderijo de eventuais viciados noturnos e até como fundo para montagens de um presépio. Acho que o Bom Jesus aprovou a iniciativa de chamar a atenção para aquele local mágico.
Este blog tem a função de registrar impressões, vivências e convivências de um apaixonado pela região do Vale do Ribeira (litoral sul paulista) e morador da cidade de Iguape.
Iguape
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
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