Iguape

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A Princesa do Litoral

sábado, 21 de dezembro de 2013

UMBIGO DE BANANA: UMA INUSITADA IGUARIA





O cultivo da banana constitui a maior atividade econômica do Vale do Ribeira representando cerca de 60% da produção agropecuária da região. Com tanta banana seu consumo é muito grande por aqui. A flor da bananeira localizada na parte inferior do cacho é chamada de umbigo, coração ou mangará e constitui numa iguaria culinária de sabor muito requintado. Para ser utilizado como alimento, o umbigo da banana é retirado do cacho ainda imaturo, o que favorece seu amadurecimento. 
 




O umbigo assim retirado deve ser desfolhado retirando-se as primeiras camadas mais grossas até chegar no miolo, uma parte macia branca semelhante a um palmito. 








Após lavar bem, cortar em tiras finas, colocá-las numa travessa com água, sumo de limão e uma colher de sobremesa de bicarbonato de sódio. Este procedimento dura de 15 a 30 minutos e serve para impedir a oxidação e as fatias ficarem escurecidas.  


Após, colocar as fatias em uma panela com água quente e deixar levantar fervura. 


Retirar as fatias e escorrer em um escorredor. Ferver novamente por mais duas vezes. A partir deste ponto as fatias estão prontas e podem ser refogadas e utilizadas como recheio de pastéis, croquetes, tortas, empadas, lasanhas, risoto ou misturadas a bacalhau desfiado ou ainda a carne bovina moída. O refogado pode também servir de acompanhamento de linguiça, costelinha suína, pernil entre outros. 

UMBIGO DE BANANA COM CARNE MOÍDA:



Refogar 01 uma cebola picada e 02 dentes de alho em óleo, azeite ou banha de porco. Em seguida refogue 300 gramas de carne bovina moída. Quando a carne estiver fritando, colocar as fatias de 02 umbigos de banana tratadas da maneira acima, Deixar refogando por cerca de 5 minutos. Acrescentar sal e cheiro verde a gosto.   



Agora é só saborear com aquele tradicional arroz com feijão, uma delícia.






quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SAUDADES DE IGUAPE II

Existe também uma versão letrada da melodia escrita pelos irmãos Antônio Bruno e Ernesto Zwarg e interpretada por Antonio Martins. Vejam as paisagens e ouçam a bonita voz e inspirados versos... e de quebra uma toada descrevendo o rio Ribeira...

SAUDADES DE IGUAPE

Esta valsa, reconhecida como o hino da cidade de Iguape, foi composta por João Batista do Nascimento e gravada pela primeira vez em 1913. Aqui um belo arranjo do acordeonista Antenógenes Honório da Silva de 1956.

domingo, 1 de dezembro de 2013

ANIVERSÁRIO DE IGUAPE: um pouco sobre a nossa cidade

O estado de São Paulo possui 645 municípios. O maior deles é Iguape com 1.977,951 Km². E agora em Dezembro comemora 475 anos.
Município de Iguape

A real data de fundação do município de Iguape é desconhecida, pois existe uma controvérsia entre os historiadores aonde alguns chegam a afirmar que havia europeus nesta região do Vale do Ribeira antes do descobrimento do Brasil por Pedro Alvares Cabral.





Afonso d'Escragnole Taunay



A data oficial atual é 03 de dezembro de 1538 e foi estabelecida por uma comissão de historiadores liderada por Afonso d’Escragnole Taunay em 1938, por solicitação do prefeito da época Manoel Honório Fortes. Esta data tem como base a separação de Iguape e Cananéia.

 Manoel Honório Fortes










Povoado, freguesia e vila são os nomes das categorias básicas que caracterizam o processo da formação dos núcleos urbanos do Brasil até o ano de 1889, quando a República foi proclamada. Ou seja: começam como um povoado, crescem e tornam-se uma freguesia e, caso atendam a certos critérios, são elevados a vilas. Essas categorias ainda existem, mas mudaram de nome: a freguesia é o equivalente ao distrito e a vila é o que conhecemos como município atualmente.

Marco representativo da fundação de Iguape no bairro do Icapara

De Povoado à Freguesia
Remonta a 1577 a data em que o povoado foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de "Freguesia de Nossa senhora das Neves da Vila de Iguape", quando foi aberto o primeiro livro do tombo da Igreja de Nossa Senhora das Neves, construída no local conhecido por "Vila Velha", no sopé do morro chamado de "Outeiro do Bacharel", defronte à Barra do Icapara.

Outeiro do Bacharel


De Freguesia à Vila
Não se sabe, ao certo, a data de elevação a vila, porém, acredita-se que tenha sido entre 1600 e 1614. Neste último ano, foi iniciada a construção da antiga Igreja Matriz, já no local atual, no centro urbano, após a mudança da então freguesia, ordenada pelo fidalgo português Eleodoro Ébano Pereira (um controverso personagem da história que entre os séculos XVI e XVII combateu os franceses no Rio de Janeiro, participou da bandeira que explorou a região de Iguape e fundou a cidade de Curitiba).

A vila foi elevada a cidade pela Lei Número Dezessete de 3 de abril de 1848 com o nome de "Bom Jesus da Ribeira", mas, no ano seguinte, pela Lei Número Três de 3 de maio, foi modificado o nome para "Bom Jesus de Iguape". Posteriormente, o costume popular simplificou-o para "Iguape".