Iguape

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A Princesa do Litoral

sábado, 26 de julho de 2014

Conversa de buteco: O boitatá de Iguape

Primeiramente não devemos confundir o lendário Boitatá, a cobra de fogo , o fogo-fátuo com o não menos folclórico Boi Tatá da nossa vila Xurupita. Esta narrativa foi de Maíco já tocado por algumas doses de PARATUDO. A lenda do Boitatá no imaginário indígena consiste numa luz que se movimenta no espaço daí a imagem da marcha ondulada de uma serpente com olhos que parecem dois faróis e couro transparente que cintila nas noites mata afora. A causa do mito pode ser explicada pela reação química originada da decomposição de ossos de animais mortos, ossos ricos em fósforo branco, um material altamente inflamável ao contato de um raio ou faísca. 
Explicações a parte vamos ao causo ocorrido e repercutido na cidade de Iguape. Um motorista da prefeitura trabalhava numa retroescavadeira na BR222 próximo ao Ribeira desbastando um barranco alinhando a estrada para evitar algum possível desmoronamento. O homem trabalhou o dia inteiro e no final do dia já anoitecendo entrou na rodovia Casemiro Teixeira rumo ao Porto Ribeira com a retroescavadeira. Como já era noite, ligou os faróis da cabina e com a caçamba levantada vinha pela estrada. O motorista cansado que estava esqueceu de suspender as sapatas laterais que dão estabilidade à máquina e conforme vinha dirigindo as sapatas resvalavam no asfalto formando chispas luminosas com o atrito. A estrada não tinha iluminação e tudo que aparecia eram os dois faróis brilhando, chispas de fogo rente ao chão e no escapamento tochas explosivas e barulhentas formando um fumaceiro para trás do veículo. As pessoas que voltavam para suas casas vendo naquele breu a aparição barulhenta deram meia volta para a cidade correndo e gritando: Olha o Boitatá!! Olha o Boitatá...E assim Maíco encerra seu causo em meio a gargalhadas dos ouvintes.   


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