Iguape

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A Princesa do Litoral

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Um novo começo...

 



Iniciei este blog no final de 2012 e minha última postagem foi em Fevereiro de 2015. Uma separação, dolorosa para mim, de 34 anos de convívio aconteceu. Ao mesmo tempo uma inédita oportunidade de lecionar numa faculdade em Registro (SP) apareceu. Fui absorvido inteiramente por este trabalho até que em meados de 2019 minha mãe foi atingida por um AVC. Exauridas as opções resolvo sair do trabalho e cuidar  da minha acamada velhinha voltando para São Paulo. Logo no início 2020 veio a pandemia do COVID-19 e aí tudo ficou pior (minha crescente solidão, meus medos repentinos, minha insônia companheira, minha psoríase galopante ...). Depois de quatro AVC(s) , idas e vindas de hospital mamãe falece em Outubro de 2021. Inventário da casa, pandemia, consultas médicas e exames detiveram-me em São Paulo até que volto finalmente para Iguape na festa de Agosto de 2022.  Muita coisa mudada, ainda o medo da pandemia, amigos que se foram, muito mofo na casa e na alma. Assim lá se vão quase oito anos, mas nem tudo foi um vácuo, o sofrimento lapida, maltrata o corpo e burila o espírito. A vontade de escrever no blog voltou. Tentarei.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Siri metido a besta

Segunda-feira 23.02.2015 foi véspera de eu vir para SP. De manhã não tinha nada da geladeira. Fui ao freezer e vi os siris que Ico gentilmente havia me presenteado semana passada. Não sabia como fazê-los, procurei na internet e lá encontrei um vídeo com uma receita de uma caiçara de Santa Catarina, a Jussara.  E aí vai minha reprodução com o meus toques.

Passo 1. Lavei os siris com um escovinha embaixo da torneira para tirar todos os resíduos de areia incorporados nos bichos. Coloquei-os num caldeirão, preenchi com água e coloquei sumo de 2 ou 3 limões (depende da quantidade de siris). Deixei por 15 minutos. Após escorri esta água, lavei-os em água corrente, preenchi de água o recipiente novamente e coloquei-os para ferver por uns 15 minutos para cozinhá-los.

Passo 2. Neste intervalo de cozimento cortei picadinho 02 cebolas, e pimentões ( 1/2 vermelho, 1/2 amarelo, 1/2 verde - gosto assim para dar mais colorido no prato). Piquei um macinho de cebolinha, um macinho de salsinha e um macinho de coentro). Amassei e piquei 06 dentes de alho.




Passo 3. Estando os siris cozidos, escorri a água e comecei a limpá-los. 
Técnica de limpeza: Eu abro o siri por baixo e lavo em água corrente retirando a barrigada e as guelras. Corto o siri no meio e retiro as patas só deixando a puã (pata maior dianteira que tem a pinça) 

Passo 4. Em uma panela grande coloquei um fundo de azeite e coloquei o alho.  

Passo 5. Ajeitei os siris um a um para irem fritando. Joguei mais azeite. 

Passo 6. Após um 5 minutos de fritura coloquei o restante dos ingredientes. Tampei a panela. Após 5 minutos de cozimento acrescentei 01 latinha de massa de tomate e 2 copos de água e deixei por 15 minutos de cozimento. 

Passo 7. No intervalo do cozimento dos siris preparei uma panela de arroz branco (fritei o arroz no azeite e coloquei água). Pronto o cozimento separei os siris num prato já prontos para a degustação. O molho que sobrou no fundo da panela dos siris coloquei no arroz depois deste cozido e misturei.


Passo 8. Degustação. Arroz no prato separando a carne do siri com o garfo. É um prato que deve ser saboreado lentamente com um vinho branco seco ou suave ligeiramente gelado. Uma coisa que talvez não tenha sido mencionado anteriormente: não utilizei sal de cozinha para temperar os siris e nem no arroz, isto porque os siris são crustáceos aquáticos marinhos e carregam o sal do mar em seu corpo. Só o gosto do mar no prato é mais natural.

Só que deu muita comida. Tive que dar o arroz para a Dalva minha amiga e os siris levei à noite para o nosso Pub Adilson's onde os amigos degustaram como acepipe, principalmente William que chupou um tigela inteira deles. 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Escabeche de sardinha

Hoje 20.02.2015 em meu passeio matinal de bike pela orla do valo e pelo Rocio encontrei seu Zé Fontes e Dito Caolho chegando da pescaria descarregando suas manjubas para vender na peixaria do Colaço. Ajudei a descarregar os peixes matados e na repartição seu Zé deu-me umas sardinhas que vieram na rede junto com as manjubas. As sardinhas não são valorizadas comercialmente e os pescadores as usam como fardinho de caldeiradinha no almoço ou janta. Com as sardinhas resolvi fazer um escabeche. 

ESCABECHE é um molho que surgiu na península ibérica durante o período de dominação muçulmana na idade média (711-1492), preparado não só para dar sabor às sardinhas, mas também para conservá-las por mais tempo, uma vez que o vinagre que leva serve como conservante. Normalmente é um prato servido frio, depois de guardado durante alguns dias na geladeira. Algumas fontes dizem que o nome dessa iguaria origina-se do árabe e significa "alimento com vinagre". O escabeche era utilizado para conservar carnes, aves e peixes, especialmente para longas viagens e muito provavelmente os primeiros portugueses e espanhóis que chegaram por estas bandas nas suas caravelas traziam seus alimentos pré-cozidos com vinagre conservando-os por meses sem deteriorar. Agora vamos à receita.

Primeiro passo. Consertar as sardinhas. As sardinhas foram evisceradas, mas as cabeças não foram retiradas.

Segundo passo. Temperar as sardinhas. Utilizei sal light (mistura de cloreto de sódio com cloreto de potássio) a gosto, suco de um limão rosa e um sache tempero oriental Hondashi.

Terceiro passo. Cortar em rodelas. Duas cebolas, dois tomates, pimentão (usei um pouco do verde, do vermelho e do amarelo até dar metade de um pimentão inteiro).

Quarto passo. Dispor as sardinhas e os demais ingredientes na panela de pressão. Comecei forrando um pouco das cebolas, tomates e pimentões e depois uma camada de sardinhas. Fiz uma segunda camada e terminei com cebolas e tomates.

Quinto passo. Colocar um copo americano de óleo (uso o de girassol) na panela, após colocar um copo americano de vinagre e suco de três limões (usei o rosa). 


Sexto passo. Colocar a panela de pressão no fogo e deixar por 45 minutos. Esfriar. Colocar na geladeira e é só saborear.


Ricardo Krone e PETAR as cavernas do vale do ribeira

O alemão Ricardo Krone (nascido Sigismund Ernest Richard Krone em Dresden 1861 e falecido em Iguape 1917), radicado em Iguape, São Paulo, realizou na região de Iporanga, no alto Vale do Ribeira, entre 1895 e 1906, o primeiro levantamento sistemático de cavernas no Brasil. Nos trabalhos publicados na Revista do Museu Paulista Nacional em 1909, Krone descreveu 41 grutas, incluindo mapas e fotografias, além de mencionar outras de pequeno tamanho. Estudou também o curso subterrâneo dos rios que percorrem a região, sua geologia, a espeleogênese, a mineralogia de alguns espeleotemas, a zoologia e a etnografia. Além disso, descreveu o bagre-cego, que hoje leva seu nome, Pimelodea kronei, e realizou coletas de diversas ossadas de mamíferos. 
Abaixo um vídeo sobre as cavernas do vale do ribeira, estudos espeleológicos iniciados por este ilustre farmacêutico e espeleólogo iguapense de coração.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Ensaio do bloco Boi Tatá

Este ano de 2015 o bloco do Boi Tatá fará uma homenagem ao falecido Joel oficial de justiça, diretor da bateria e compositor de samba enredo. Foi um grande incentivador do carnaval e do bloco, principalmente da bateria ele foi que introduziu a batida forte característica do bloco do Boi Tatá. O enredo será a composição de 1993 de autoria de Joel e Milton.
    Outra homenagem que será feita esta ano de 2015 será a Crustáceo o cachorro mascote do bloco também já falecido. Sua foto constará no abadá da bateria do bloco.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Agenda 2015: Festa de São Sebastião

Mais uma vez não consigo acompanhar de maneira completa a festa de comemoração a São Sebastião padroeiro da comunidade de Vila Garcez em Iguape. Cheguei dia 16.01 e perdi a missa e o café da manhã. Esqueci que o tríduo sempre se inicia na quinta feira e termina no sábado. (Tríduo na igreja católica equivale a três dias de orações em devoção a um santo relembrando a passagem de Jesus entre a última Ceia e a Ressurreição). Mas deu tempo de assistir a missa solene e acompanhar a procissão no domingo 18.01.

Sebastião, cristão de origem francesa, alistou- se no exército romano por volta de 283 DC com a intenção de defender e abrandar o sofrimento dos cristãos prisioneiros do governo romano. Por ser um soldado exemplar fez parte da guarda pretoriana que defendia diretamente o imperador chegando ao posto de capitão até que, por volta de 286, por sua conduta branda com os prisioneiros cristãos foi julgado traidor e ordenado a sua execução por flechas. Sobreviveu a este martírio e apresentou-se novamente ao imperador que desta vez ordenou seu espancamento até a morte.
Sebastião o santo que enfrentou o sacrifício do corpo duplamente reafirmando assim um dos pilares mais fortes da crença cristã a crucificação do próprio Jesus pela nossa salvação. Um mártir que assumiu sua identidade de cristão dentro da sociedade romana mesmo às custas de sacrifício, sofrimento e morte. Um exemplo de coragem ante os obstáculos da vida e de fidelidade diante das contrariedades e perseguições. É reconhecido pela sua prontidão em fazer a vontade de Deus e enorme espírito de serviço. VIVA SÃO SEBASTIÃO.



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

AGENDA 2015: Férias, Natal, Virada do ano novo e Festa de São Benedito em Iguape

Em 17 de Dezembro a família ruma a Iguape para as férias (sentimos muita falta do filho que não nos acompanhou desta vez, com muito trabalho no Rio de Janeiro. Muita praia, passeios e comemorações. Natal, aniversário da esposa, virada do ano que passamos em Iguape e não na Ilha como de costume. Este ano o volume de turistas para a Ilha foi demais, muitos carros, fluxo intenso, muitas pessoas nas praias. O bônus da arrecadação e o ônus da depredação, o velho dilema da nossa linda cidade torna-se cada vez mais intenso. 

Passado o Natal, no dia 26, aconteceu o translado da imagem de São Benedito que estava na igreja de Nossa Senhora do Rosário para a sua casa, igreja de São Benedito, que estava em reforma (não fui pois coincidiu com o aniversário de Maria que comemoramos no Adilson's).  

A procissão abriu antecipadamente os festejos de São Benedito que terminaria em 06 de Janeiro. Minha participação foi pequena assistindo a missa de abertura do tríduo, levando as coxinhas de dona Dalva para a festa e participação do bingo no dia 03 de Janeiro, véspera do nosso retorno. 

Voltamos para São Paulo Domingo dia 4.01 na madrugada sob chuva na estrada.